Universidade Federal do Ceará
Biblioteca Covid

Objetivou-se com essa pesquisa investigar o impacto econômico no início da pandemia do coronavírus COVID-19
sobre a família brasileira. O estudo caracteriza-se como quantitativo e qualitativo descritivo e/ou exploratório. Além
disso, possui um delineamento de pesquisa de campo, utilizando como instrumento de coleta de dados um
questionário pré-estruturado com 19 perguntas objetivas, divididas nas duas categorias: (a) perfil ou dados pessoais; e
(b) o impacto financeiro causado pela pandemia do COVID-19. Utilizou-se o método de escores para definir a
tendência de endividamento dos indivíduos. A partir da unidade amostral (n=336 respondentes) ficou evidente o
despreparo financeiro da grande maioria dos entrevistados para o enfrentamento da pandemia. No entanto, um
considerado percentual possui reservas financeiras para um período emergencial. Já no início da pandemia, grande
parte das famílias dos entrevistados tiveram sua renda mensal reduzida sendo necessária a realização de cortes para
manter o controle financeiro. A partir disso, as despesas priorizadas no período de pandemia seriam alimentação e
saúde. Com apenas dois meses de início do isolamento no Brasil, um percentual de 13,7 dos entrevistados haviam
contraído dívidas pelas necessidades que surgiram decorrentes da pandemia: 73,5% e 26,5% destes estão abaixo e
acima do escore médio de endividamento, respectivamente. Curiosamente, 24,1% dos respondentes possuem dúvidas
e 4,8% não pretendem economizar recursos para eventuais contingências após esse momento pandêmico. De maneira
conclusiva, as famílias brasileiras não estão preparadas financeiramente para o enfrentamento de situações
emergenciais como de uma pandemia e que esse despreparo está associado à falta da educação financeira.
Palavras-chave: Crise financeira; Educação financeira; Gestão financeira; COVID-19.19389-article-236804-1-10-20210822